Olá leitores! Hoje posto a resenha do livro “Carta de Pero Vaz de Caminha A El-Rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil”, em parceria com a editora Martin Claret.
Nome: Carta de Pero Vaz de Caminha A El-Rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil
Autor: Pero Vaz de Caminha
Editora: Martin Claret
Páginas: 128
Ano de Lançamento: 2005
★★★★★
Documento inicial da história do Brasil, a carta de Pero Vaz de Caminha ao rei D. Manuel I fixa o primeiro encontro do europeu, representado pelos portugueses da armada de Cabral, com os indígenas da terra então descoberta. Por mais de três séculos a Carta permaneceu nos arquivos portugueses, só tendo sido publicada em 1817. É uma obra de valor documental, isto é, é um registro de nossa história e do pensamento que regia os colonos que aqui chegavam, suas intenções e seus julgamentos em relação ao povo que aqui vivia. Este período ficou conhe-cido como Literatura de Informação ou Epistolar, pois era realizada, por intermédio de cartas, com o único intuito de informar à Coroa portu-guesa sobre o que aqui encontraram.
O livro é iniciado com uma abordagem sobre a coleção “A Obra Prima de Cada Autor”, seguido de uma explanação a respeito da leitura em si, trazendo também análise opinativa a respeito das publicações feitas da Carta ao longo do tempo. Em seguida tem-se a Carta propriamente dita, com o fac-símile (de acordo com o Wikipédia “é toda cópia ou reprodução que apresenta uma grande semelhança com o original.”) e a transcrição na próxima página – em uma página há o fac-símile e na outra a transcrição do respectivo trecho. Após o documento original tem-se a tradução adaptada ao nosso português atual, permitindo melhor compreensão. E, no final, há a bibliografia, mapas de rotas feitas por Cabral e lista de obras publicadas pela Editora.
O livro nos remete à época Quinhentista do Brasil, onde os principais tipos de literatura eram a Jesuítica (representada, principalmente, pelo Padre José de Anchieta *) e a Informativa (à qual este documento pertence). Nesta carta, que se consiste no primeiro documento escrito em nosso país, é descrita como era parte de nosso país, àquela época denominado “Ilha de Vera Cruz” – onde Cabral e suas naus (de acordo com o Wikipédia “nau: denominação genérica dada a navios de grande porte até o século XV usados em viagens de grande percurso”) desembarcaram, citando suas características físicas, fauna e flora, bem como a maneira como eram os habitantes que cá estavam – os índios. Ela fora destinada à D. Manuel I, rei de Portugal.
* Enquanto a Europa vivia o Renascimento, o Brasil vivia o Quinhentismo que, para aqueles que não sabem, teve o Padre José de Anchieta como um de seus principais representantes. Ele foi trazido para catequizar os índios (de acordo com a concepção portuguesa, os índios se converteriam à sua religião, monoteísta, em detrimento da crença politeísta já praticada por eles), porém, além disso, estudou a linguagem dos índios e criou um “dicionário”, de modo a tornar seu aprendizado acessível a todos,, bem como poder catequizar os índios.
Mostra também como era a punição de alguns prisioneiros de Portugal, que eram mandados juntos com os índios para aprenderem seus costumes – e seriam aqui deixados após a partida de Cabral.
Na Carta podemos ver a diversidade natural que aqui existiam à época, coexistindo em perfeita harmonia com os índios. Como era de se esperar, não havia diálogo entre os colonizadores e os nativos, pois cada qual tinha sua própria linguagem.
Também pode-se perceber a inocência dos índios, a sua falta de percepção monetária, bem como a esperteza – lê-se “ganância” ou algo do tipo – dos portugueses, ao supor que podiam levar uma amostra do que bem entendessem ao rei de Portugal, para que este avaliasse a terra com seus próprios olhos – cogitou-se levar “amostras” de índios para que D. Manuel I pudesse ver.
A Carta é um documento rico em história e de leitura obrigatória a todos os brasileiros, de modo a conhecermos o início dos tempos em nosso Brasil. Além disso, concordo com Caminha quando diz “Achamento do Brasil” – não sei de onde veio o termo “Descoberto” –, pois haviam índios aqui, não?
Recomendo a leitura deste livro a todos os que gostam de clássicos da literatura :)
Dou nota 5 a ele, devido à sua importância histórica.
Até mais!
Realmente Pati,só pela importância histórica merece nota máxima,afinal é a nossa história sendo registrada aí.
ResponderExcluirBjos Fabi
http://roubando-livros.blogspot.com
Tava tendo uma aula de história com esse assunto ontem.
ResponderExcluirAdorei o livro, adoro história.
Vou por na lista de desejos...
Beijoos
http://secretsentreamigas.blogspot.com.br/
Não gosto muto de livros antigos, mas assim é uma exceção! Muita boa a resenha e o livro deve ser muito bom também (;
ResponderExcluirOi Fabi! Com certeza! :D
ResponderExcluirOi Bárbara!
ResponderExcluirAA que bom! Gostei muito do assunto e do livro!
Também comecei a gostar =D
Que bom, coloca na lista sim :D
Oi Paulo!
ResponderExcluirAté há pouco tempo também não gostava, mas eles são legais :)
Obrigadaa =D
O livro é bom sim! :)
Nossa, você é bem corajosa! Creio que ler esse livro é como voltar aos livros didáticos dos tempos de escola! hahaha
ResponderExcluirMas adorei a resenha, parabéns!
www.leitorait.com
parece ser bem legal .. isso me lembra história realmente sahuahauha sabe amatéria historia ><
ResponderExcluirhttp://garotoonerd.blogspot.com.br
Oi, Patricia!
ResponderExcluirNão gosto muito dos nossos clássicos e, definitivamente, odeio história. Então, infelizmente, não tem atrativo nenhum para mim nesse livro.
Beijos!
Oi flor, obrigada por passar lá no meu cantinho viu?
ResponderExcluirEntão, sinceramente não gosto desse tipo de leitura, não tenho paciência mesmo, mas entendo o quanto são importantes para a cultura geral do país em que vivemos. Ainda assim, prefiro os filmes, rsrs.
Ótima resenha.
Aguardo você lá no blog ok?
Beijos
Olá, Patricia!
ResponderExcluirNão sou fã dos clássicos da literatura, mas preciso começar a ter interesse, pois serei jornalista! :)
Gostei da resenha, muito bem escrita!
Beijos!
Olá Glaucia!
ResponderExcluirHeheh que nada! O livro possui uma linguagem muito culta, isto é verdade, mas não é difícil (tão difícil) de ler não :D
Obrigadaa!
Oi David!
ResponderExcluirÉ bem legal sim! Heheh lembra mesmo :)
Oi Bianca!
ResponderExcluirHeheh eu também não era muito fã não, mas confesso estar gostando um pouco agora :)
Ei Carol!
ResponderExcluirSão importantes mesmo heheh Eu também não gostava muito, mas agora acho interessante. Podemos aprender sobre a sociedade e costumes da época, é bem legal :)
Obrigadaa!
Oi Biih!
ResponderExcluirHeheheh é mesmo, os clássicos são importantíssimos mesmo :D
Com eles podemos conhecer a sociedade da época em que o livro foi escrito, muito legal!
Obrigada *-*!!