Olá leitores!! Hoje posto a resenha do livro O Guarani, de José de Alencar, cortesia da Editora Martin Claret :) (infelizmente demorei na leitura mais do que o previsto, devido a complicações pessoais mesmo).
Espero que gostem da história, pois, no próximo post, ainda neste final de semana, haverá sorteio de um exemplar para vocês ;) (e, além de O Guarani, haverá sorteio de outro livro, pois, este sorteio será feito em parceria com minha amiga blogueira Idelmária).
“A narrativa inicia seus momentos épicos logo após o incidente em que Diogo, filho de D. Antônio, inadvertidamente, mata uma indiazinha aimoré, durante uma caçada. Indignados, os aimorés procuram vingança: surpreendidos por Peri, enquanto espreitavam o banho de Ceci, para logo após assassiná-la, dois aimorés caem transpassados por certeiras flechas; o fato é relatado à tribo aimoré por uma índia que conseguira ver o ocorrido.” (Fonte - este blog possui ótimo conteúdo acerca da obra O Guarani, porém, não leiam o primeiro post, pois há o relato de toda a trama da obra).
O Guarani, bem como todos os clássicos que já li (que foram poucos, devo admitir) e aqueles dos quais ouço falar e leio resenhas, possui linguagem rebuscada, por vezes de difícil compreensão sem a ajuda de um dicionário. Este é o único ponto negativo que posso dizer deste livro. José de Alencar conquistou minha atenção desde que li, este ano, Cinco Minutos e A Viuvinha (Resenha), dos quais gostei bastante.
Como romancista que só, Alencar nos traz o cenário do rio Paquequer, onde se passa a história de devoção (conturbada e perigosa, por sinal) do índio da tribo goitacá Peri com a moça Cecília. À beira do Paquequer vive o nobre fidalgo D. Antônio de Mariz com sua esposa D. Lauriana, seus filhos D. Diogo e Cecília e sua sobrinha Isabel. Em suas terras também viviam os aventureiros a serviço de D. Antônio, que incluem Álvaro, Aires Gomes e o misterioso Loredano.
Devido à enorme gratidão pelo índio Peri ter salvado sua filha Cecília (a que o índio depois apelida de Ceci), D. Antônio o leva a morar em suas terras. Peri sempre demonstra incomparável devoção à sua senhora, fazendo todas as suas vontades e atendendo a todos os seus caprichos. Cecília, com o passar do tempo, adquire carinho fraternal por Peri, o que pode ser comprovado pela grande preocupação e aflição com que lida com cada aventura (ou “missão suicida”) de Peri.
O Guarani, juntamente com Iracema e Ubirajara, é um clássico da literatura romântica indianista brasileira. As características românticas de maior percepção são, claro, a cultura nacionalista e indianista – a obra por si só já explica o termo “indianista”, descrito como o “bom selvagem” – da parte de Peri, não da parte dos aimorés :) – e a idealização – a personagem de Cecília é a idealização da pureza e castidade e desperta o imaginário emotivo de Álvaro e Loredano; na página 69 há um resumo que exprime com perfeição cada tipo de atração que Cecília desperta: “Loredano desejava; Álvaro amava; Peri adorava.”
Gostei do instinto devoto e simples da figura de Peri, com seu espírito determinado em realizar todas as tarefas que lhe são designadas e, também, por ser capaz de ser o protagonista de um plano tão engenhosa e bravamente traçado por ele (não posso contar mais sem revelar partes essenciais da trama).
Contudo, minha personagem preferida foi Isabel. Descrita como uma menina apaixonada, simples, companheira e até um pouco impulsiva, é capaz de sacrifícios em nome de seu amor por um personagem muito presente na narração (não quero dar spoilers, mas sua história é realmente emocionante!).
O livro é repleto de suspense, tragédia, romance, aventura, planos, fugas, batalhas, enfim, é um enredo completo, tanto é que se tornou minissérie no Brasil em 1991, com Angélica no papel de Cecília e Leonardo Brício como Peri.
Quero fazer uma observação acerca da capa do livro: além de lindíssima, é de ótima qualidade, pois, fiquei um bom tempo lendo-o, carregando para todos os lugares em minha bolsa, e ele se manteve praticamente intacto! =)
Por hoje é isto pessoal! Aguardem o próximo post ;)
Livro recebido como cortesia da Editora Martin Claret (Site)
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Espero que gostem da história, pois, no próximo post, ainda neste final de semana, haverá sorteio de um exemplar para vocês ;) (e, além de O Guarani, haverá sorteio de outro livro, pois, este sorteio será feito em parceria com minha amiga blogueira Idelmária).
Nome: O Guarani
Autor: José de Alencar
Editora: Martin Claret
Páginas: 379
Ano de Lançamento: 2012
★★★★★
José de Alencar, um dos grandes patriarcas da literatura brasileira, pelo volume e mensagem de sua obra, deu à ficção produzida no século XIX, um tratamento monumental. Escritor romântico, enfocou os mais importantes aspectos da nossa realidade: o índio e o branco; a cidade e o campo; o sertão e o litoral. A presente obra, que lhe granjeou popularidade ao ser lançado em folhetim, era lido avidamente, até nas ruas, à luz dos lampiões. O romance conta a história de amor entre o índio Peri e a moça branca Ceci, tendo como cenário o Brasil do século XVII.
“A narrativa inicia seus momentos épicos logo após o incidente em que Diogo, filho de D. Antônio, inadvertidamente, mata uma indiazinha aimoré, durante uma caçada. Indignados, os aimorés procuram vingança: surpreendidos por Peri, enquanto espreitavam o banho de Ceci, para logo após assassiná-la, dois aimorés caem transpassados por certeiras flechas; o fato é relatado à tribo aimoré por uma índia que conseguira ver o ocorrido.” (Fonte - este blog possui ótimo conteúdo acerca da obra O Guarani, porém, não leiam o primeiro post, pois há o relato de toda a trama da obra).
O Guarani, bem como todos os clássicos que já li (que foram poucos, devo admitir) e aqueles dos quais ouço falar e leio resenhas, possui linguagem rebuscada, por vezes de difícil compreensão sem a ajuda de um dicionário. Este é o único ponto negativo que posso dizer deste livro. José de Alencar conquistou minha atenção desde que li, este ano, Cinco Minutos e A Viuvinha (Resenha), dos quais gostei bastante.
Como romancista que só, Alencar nos traz o cenário do rio Paquequer, onde se passa a história de devoção (conturbada e perigosa, por sinal) do índio da tribo goitacá Peri com a moça Cecília. À beira do Paquequer vive o nobre fidalgo D. Antônio de Mariz com sua esposa D. Lauriana, seus filhos D. Diogo e Cecília e sua sobrinha Isabel. Em suas terras também viviam os aventureiros a serviço de D. Antônio, que incluem Álvaro, Aires Gomes e o misterioso Loredano.
Devido à enorme gratidão pelo índio Peri ter salvado sua filha Cecília (a que o índio depois apelida de Ceci), D. Antônio o leva a morar em suas terras. Peri sempre demonstra incomparável devoção à sua senhora, fazendo todas as suas vontades e atendendo a todos os seus caprichos. Cecília, com o passar do tempo, adquire carinho fraternal por Peri, o que pode ser comprovado pela grande preocupação e aflição com que lida com cada aventura (ou “missão suicida”) de Peri.
O Guarani, juntamente com Iracema e Ubirajara, é um clássico da literatura romântica indianista brasileira. As características românticas de maior percepção são, claro, a cultura nacionalista e indianista – a obra por si só já explica o termo “indianista”, descrito como o “bom selvagem” – da parte de Peri, não da parte dos aimorés :) – e a idealização – a personagem de Cecília é a idealização da pureza e castidade e desperta o imaginário emotivo de Álvaro e Loredano; na página 69 há um resumo que exprime com perfeição cada tipo de atração que Cecília desperta: “Loredano desejava; Álvaro amava; Peri adorava.”
Gostei do instinto devoto e simples da figura de Peri, com seu espírito determinado em realizar todas as tarefas que lhe são designadas e, também, por ser capaz de ser o protagonista de um plano tão engenhosa e bravamente traçado por ele (não posso contar mais sem revelar partes essenciais da trama).
Contudo, minha personagem preferida foi Isabel. Descrita como uma menina apaixonada, simples, companheira e até um pouco impulsiva, é capaz de sacrifícios em nome de seu amor por um personagem muito presente na narração (não quero dar spoilers, mas sua história é realmente emocionante!).
O livro é repleto de suspense, tragédia, romance, aventura, planos, fugas, batalhas, enfim, é um enredo completo, tanto é que se tornou minissérie no Brasil em 1991, com Angélica no papel de Cecília e Leonardo Brício como Peri.
Quero fazer uma observação acerca da capa do livro: além de lindíssima, é de ótima qualidade, pois, fiquei um bom tempo lendo-o, carregando para todos os lugares em minha bolsa, e ele se manteve praticamente intacto! =)
Por hoje é isto pessoal! Aguardem o próximo post ;)
Livro recebido como cortesia da Editora Martin Claret (Site)
José Martiniano de Alencar nasceu em 1829, em Mecejana, Ceará. Cursou Direito na Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo, com passagens pela Faculdade de Olinda, Pernambuco. Começou no jornalismo em 1854 e, dois anos depois, estreava na ficção com o romance Cinco Minutos. Em 1857 lança em livro sua obra mais importante, O Guarani, anteriormente publicado em folhetim. Iracema, um clássico da prosa indianista, foi publicado em 1865, e seus últimos romances, Senhora e O Sertanejo, dez anos depois. Morreu no Rio de Janeiro, em 1877, já considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. (Fonte)